sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Insone

No mar revolto de lençóis mexidos pela ânsia de dormir,
Deixo meu suor misturado ao amor de instantes atrás.
Nada me comove a não ser a dor dos que, mesmo na rua, dormem.
Penso, penso, penso...
Seguindo a linha tortuosa do devaneio, chego a lugar nenhum.
Lembro, esqueço, lembro, esqueço
Initerruptamente noite adentro.
Como um interruptor de idéias sigo oscilando.
E de tanto pensar, esqueço de existir.


à minha vó Cleonice que não cultivava uma relação amistosa com o sono. Dormia pouco, acordava cedo. Seguimos aqui vó. Que os sonhos venham mais doces.