quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

As Lágrimas de Mariana

As lágrimas de Mariana são qualquer coisa volátil
Que evaporam e chovem em mim.
Teu sal é lançado sobre a terra do meu peito
E me remetem ao vazio da solidão.
A solidão de quem perde o que já não era seu.
O meu andar trôpego conduz-me a lugar nenhum,
Já não presto mais atenção no que meu irmão ouve.
Nem rego as plantas, nem olho pro céu...
Concentro-me em frestas, vãos, edifícios e suas antenas,
em fios de cobre mais velhos que eu.
Não conduzo. Sou tragado pela dor de não ser mais dois.
Viver? Viver é suportar a existência.