As lágrimas de Mariana são qualquer coisa volátil
Que evaporam e chovem em mim.
Teu sal é lançado sobre a terra do meu peito
E me remetem ao vazio da solidão.
A solidão de quem perde o que já não era seu.
O meu andar trôpego conduz-me a lugar nenhum,
Já não presto mais atenção no que meu irmão ouve.
Nem rego as plantas, nem olho pro céu...
Concentro-me em frestas, vãos, edifícios e suas antenas,
em fios de cobre mais velhos que eu.
Não conduzo. Sou tragado pela dor de não ser mais dois.
Viver? Viver é suportar a existência.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
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Um comentário:
Bela poesia AS LÁGRIMAS DE MARIANA, rica em imagens e metáforas:
"Já não presto mais atenção no que meu irmão ouve.
Nem rego as plantas, nem olho pro céu..."
Boa leitura para crianças e jovens e também adultos que pretendam viajar por meio das palavras.
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