No mar revolto de lençóis mexidos pela ânsia de dormir,
Deixo meu suor misturado ao amor de instantes atrás.
Nada me comove a não ser a dor dos que, mesmo na rua, dormem.
Penso, penso, penso...
Seguindo a linha tortuosa do devaneio, chego a lugar nenhum.
Lembro, esqueço, lembro, esqueço
Initerruptamente noite adentro.
Como um interruptor de idéias sigo oscilando.
E de tanto pensar, esqueço de existir.
à minha vó Cleonice que não cultivava uma relação amistosa com o sono. Dormia pouco, acordava cedo. Seguimos aqui vó. Que os sonhos venham mais doces.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
As Lágrimas de Mariana
As lágrimas de Mariana são qualquer coisa volátil
Que evaporam e chovem em mim.
Teu sal é lançado sobre a terra do meu peito
E me remetem ao vazio da solidão.
A solidão de quem perde o que já não era seu.
O meu andar trôpego conduz-me a lugar nenhum,
Já não presto mais atenção no que meu irmão ouve.
Nem rego as plantas, nem olho pro céu...
Concentro-me em frestas, vãos, edifícios e suas antenas,
em fios de cobre mais velhos que eu.
Não conduzo. Sou tragado pela dor de não ser mais dois.
Viver? Viver é suportar a existência.
Que evaporam e chovem em mim.
Teu sal é lançado sobre a terra do meu peito
E me remetem ao vazio da solidão.
A solidão de quem perde o que já não era seu.
O meu andar trôpego conduz-me a lugar nenhum,
Já não presto mais atenção no que meu irmão ouve.
Nem rego as plantas, nem olho pro céu...
Concentro-me em frestas, vãos, edifícios e suas antenas,
em fios de cobre mais velhos que eu.
Não conduzo. Sou tragado pela dor de não ser mais dois.
Viver? Viver é suportar a existência.
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