quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Flores

As flores que me deste hoje
são flores que se levam a um túmulo.
Do amor nada persiste.
Reminiscências de uma longa jornada
percorrida a dois.

A lâmina que corta e faz sangrar
Foi construída pela mesma mão que plantou a flor,
E, hoje, no campo do não-sentir, perece...

O Sal lançado sobre a terra do meu peito, pelas tuas mãos mornas,
Estereliza as possibilidades
E oxida o amor.

São tempos estranhos esses
Quando lembrar dói e faz o doce pranto rolar
leve, límpido, louco.


Maceió, Dezembro 2014

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