domingo, 14 de fevereiro de 2016
Sobre a distância
Quilômetros existem para provar que estar sem você dói.
E dói mais, e além, porque sei que tudo em nossa casa tem seu cheiro.
Esses objetos observam meus passos e com seus olhos inanimados zombam da minha solidão.
Já os meus fitam o céu pois não tem os seus.
Todo azul me invade posto que estou vazio, vazio de mim e cheio de ti.
Mesmo assim nada me renova.
Espero entre livros e lençóis a sua aparição graciosa:
Será lindo, forte.
Será a vida dentro da morte.
Impulso que bastará para fazer voltar a girar o moto-contínuo do meu peito.
Maceió,
14/fev/2016
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Amar
Te amo demais, como uma rocha q recebe o beijo do mar todos os dias
e não deixa de existir.
e não deixa de existir.
Te amo como os campos que, embora sequem,
serão sempre verdes na primavera.
Te amo como a chuva, que mesmo nuvem
sempre seguirá o seu destino que é chover.
Te amo como os bichos que se amam no cio
alheios a todo o pudor hipócrita do mundo.
Te amo como o vento que sopra pra longe o quebranto dos maus olhos,
invejosos do nosso amor.
Maceió 04/fev/2015
Maceió 04/fev/2015
sexta-feira, 16 de janeiro de 2015
Carnaval
É chegado o fim do carnaval.
Os tamborins estão mudos.
Tudo está calmo.
Nos quartos, nódoas do vômito mancham o chão e os lençóis.
Nos copos, bóiam cinzas de cigarro...
Banheiros químicos sendo esvaziados exalam seus fedores,
E o carnaval acaba.
Os tamborins estão mudos.
Tudo está calmo.
Nos quartos, nódoas do vômito mancham o chão e os lençóis.
Nos copos, bóiam cinzas de cigarro...
Banheiros químicos sendo esvaziados exalam seus fedores,
E o carnaval acaba.
Culpa
Culpa
O pecado morre ao lado.
Agoniza pelo sangue impuro derramado em vão.
A culpa cristã: Amarga e vã,
esvai-se lenta e calma.
Escorre das chagas e deságua no mar.
O pecado morre ao lado.
Agoniza pelo sangue impuro derramado em vão.
A culpa cristã: Amarga e vã,
esvai-se lenta e calma.
Escorre das chagas e deságua no mar.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Flores
As flores que me deste hoje
são flores que se levam a um túmulo.
Do amor nada persiste.
Reminiscências de uma longa jornada
percorrida a dois.
A lâmina que corta e faz sangrar
Foi construída pela mesma mão que plantou a flor,
E, hoje, no campo do não-sentir, perece...
O Sal lançado sobre a terra do meu peito, pelas tuas mãos mornas,
Estereliza as possibilidades
E oxida o amor.
São tempos estranhos esses
Quando lembrar dói e faz o doce pranto rolar
leve, límpido, louco.
Maceió, Dezembro 2014
As flores que me deste hoje
são flores que se levam a um túmulo.
Do amor nada persiste.
Reminiscências de uma longa jornada
percorrida a dois.
A lâmina que corta e faz sangrar
Foi construída pela mesma mão que plantou a flor,
E, hoje, no campo do não-sentir, perece...
O Sal lançado sobre a terra do meu peito, pelas tuas mãos mornas,
Estereliza as possibilidades
E oxida o amor.
São tempos estranhos esses
Quando lembrar dói e faz o doce pranto rolar
leve, límpido, louco.
Maceió, Dezembro 2014
domingo, 30 de novembro de 2014
Linhas Tortas
Ele escreve.
Em linhas tortas como trilhos,
compulsivamente.
Não mente.
Não mentiu jamais.
Em seu peito banhado de amor
Daqueles que nada tem,
Senão o amor de outros carnavais...
Pessoas cruzam seu caminho
Com olhos de vidro
E ele escreve, apenas escreve,
Obssessivocompulsivamente,
Delirante.
Já não há mais pena que baste para tanto amor.
Doces Palavras
Maceió 29/11/2014
Para o amigo Fernando Tenório, aquele cujas palavras sempre tocaram meu coração de forma doce e singular. Que venham mais linhas tortas como trilhos... Aguardando ansioso seu segundo livro.
Em linhas tortas como trilhos,
compulsivamente.
Não mente.
Não mentiu jamais.
Em seu peito banhado de amor
Daqueles que nada tem,
Senão o amor de outros carnavais...
Pessoas cruzam seu caminho
Com olhos de vidro
E ele escreve, apenas escreve,
Obssessivocompulsivamente,
Delirante.
Já não há mais pena que baste para tanto amor.
Doces Palavras
Maceió 29/11/2014
Para o amigo Fernando Tenório, aquele cujas palavras sempre tocaram meu coração de forma doce e singular. Que venham mais linhas tortas como trilhos... Aguardando ansioso seu segundo livro.
sábado, 22 de novembro de 2014
A nova cidade
A cidade cai sobre mim
e com ela a chuva,
que varre do meu peito toda a dor
(que não tem fim).
Em doces gotas, outrora gás,
que escorrem em meu rosto
(Já não tão moço)...
É a nova cidade
que me invade,
abruptamente, sem tomar conhecimento
do que sou ou era.
Da consciência etérea,
pairando acima de seu labirinto de pedra,
ficou o perfume:
Jasmim...
São Paulo
23/11/2014
e com ela a chuva,
que varre do meu peito toda a dor
(que não tem fim).
Em doces gotas, outrora gás,
que escorrem em meu rosto
(Já não tão moço)...
É a nova cidade
que me invade,
abruptamente, sem tomar conhecimento
do que sou ou era.
Da consciência etérea,
pairando acima de seu labirinto de pedra,
ficou o perfume:
Jasmim...
São Paulo
23/11/2014
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